A questão militar
Os militares faziam críticas à monarquia, muitos deles
tornaram-se republicanos, abolicionistas e consideravam o Império atrasado.
Depois da guerra do Paraguai, o Exército quis participar da política e era reprimido
pela monarquia. Essas repressões associadas às mudanças no Exército levaram os
militares a associarem aos republicanos e desfecharem o golpe. Dentre essa
questão militar, tivemos dois episódios:
a) Caso Sena
Madureira (1883): Aconteceu quando Madureira se opôs a um projeto de
lei. Recebeu um abolicionista na escola de Tiro. Sena Madureira era um
tenente-coronel.
Francisco Nascimento: Também conhecido como “Dragão do Mar”,
era um cearense responsável pelo movimento abolicionista do Ceará.
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b) Caso Cunha
Matos: Ele era coronel. Tem relação com a manifestação política de
militares na imprensa, que era proibido. Publicou artigos na imprensa
defendendo a abolição da escravatura.
Estes são militares que fizeram manifestações públicas e
foram reprimidos pelo governo. Isso cria no Exército um sentimento de corpo, a
instituição se viu ferida pelas punições dadas aos militares citados e
tornou-se golpista. Se analisar sobre o coronel Cunha Matos, ele utilizou um
jornal republicano para se defender de uma acusação, isso era algo também
proibido pelo governo, tanto a proximidade com o republicanismo quanto os
discursos políticos.
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A questão
religiosa
No começo do Império, foi feita uma constituição. Nela,
entre outras coisas, dizia que as bulas papais, ou seja, as ordens da igreja só
valiam se o monarca aprovasse. Porém ocorreu da Bula Syllabus, que foi uma
ordem que proibia a Maçonaria no Brasil. A importância dessa bula, é que
demonstra que Pedro II estava sem controle da instituição igreja que fazia
parte do Estado.
D. Vital Gonçalves de Oliveira e D. Antônio Macedo Costa: Responsável
pela bula Syllabus.
A constituição de 1824
criava um vínculo particular entre Igreja e Estado. Ao imperador, por exemplo,
era facultado o direito ao padroado (prerrogativa (ato) de preencher os cargos
eclesiásticos mais importantes) e ao beneplácito (aprovação das ordens e bulas
papais para que fossem cumpridas, ou não, em território nacional).
Bula: A bula papal
"Syllabus" (1864) e o Concílio Vaticano 1° (1869-1870) consagraram a
doutrina do ultramantonismo, defendida pelo papa Pio 9º. Em linhas gerais, essa
doutrina postulava a infalibilidade do papa e combatia as idéias e instituições
que defendiam a secularização e o anticlericalismo. Esse era o caso, por
exemplo, da Maçonaria. Contudo, no caso brasileiro, havia inúmeros clérigos
maçons.
A questão da
abolição
Castro Alves foi
um poeta brasileiro. Escreveu vários poemas sobre os negros do Brasil.
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A abolição não era uma ideia que veio somente no fim do
império. Foi algo que foi acumulando durante o Segundo Reinado. Basicamente, a
mão de obra escrava, foi deixada de ser usada quando o café passou a ser
produzido em São Paulo. Aqui era usada mão de obra livre. Então a Lei Áurea foi
assinada somente no fim do Império como um modo de Pedro II conseguir um pouco
de apoio político. Lei Áurea foi à lei que acabou com a escravidão no Brasil.
Tratado de 1810 ou
Tratado do Comércio: Foi um acordo comercial assinado por D. João VI,
depois da Abertura dos Portos em 1808. Agora as nações amigas de Portugal iriam
poder comercializar com o Brasil, então o tratado de 1810 define os impostos que
os produtos pagariam. Todos os países pagariam em torno de 24% de imposto, menos
a Inglaterra, que pagaria 17%, se beneficiando com isso e se tornando a
principal "parceira" comercial com o Brasil.
O fim do tráfico
O fim do tráfico começou com uma Lei inglesa chamada de Bill
Aberdeen. Como o Brasil estava se industrializando durante o Segundo Reinado,
fez um imposto chamado de Tarifa Alves Branco, subindo o imposto sobre os
produtos de fora, inclusive os da Inglaterra. A Inglaterra, que tinha
privilégios, não gostou disso, então, em represália, fez a Lei Bill Aberdeen, que
tornava ilegal o tráfico de escravos da África, sendo q o Brasil era um dos
principais destinos destes africanos. Então, o escravo já se tornou mais caro
aqui. Em 1850, os brasileiros fazem a Lei Eusébio de Queiroz, que torna ilegal
o tráfico de escravos - agora o próprio governo brasileiro torna a atividade
ilegal. Desta forma, o tráfico de escravos foi abolido.
Consequências da
abolição do tráfico
1. Trazer imigrantes para substituir os escravos.
2. Trazer escravos do Nordeste - que estão sobrando e o
açúcar não é mais o centro - para o Sudeste - que precisa de escravos para o
café. Isto nós chamamos de tráfico
interno.
3. Os escravos custavam caro. Agora não é mais permitido
comprar escravos. O dinheiro usado para comprar escravos sobra, gerando um
mercado interno. Empresas produzem para abastecer este mercado, como
consequencia, temos um surto industrial.
A Campanha
Abolicionista
A campanha abolicionista foi feita por intelectuais. Maçons
e membros do exército para acabar com a escravidão no Brasil e o fim da escravidão
foram paulatinos, levou quase 50 anos entre as primeiras leis - Bill Aberdeen e
Eusébio de Queiróz - até a Lei Áurea. Entre elas, tivemos algumas leis que
acabaram com a escravidão sem acabar, por exemplo, a Lei do Sexagenário ou a
Lei do Ventre Livre. Finda a escravidão, o clima no Brasil era de insatisfação,
pois os senhores perderam seus escravos - seus bens - e não ganharam
indenização por isso, ficando insatisfeitos com o governo.
“Voluntários da
Pátria”: Os brasileiros que se alistaram no exército para lutar na Guerra
do Paraguai.
Leis
Abolicionistas
1. Lei Ventre Livre: Liberta os filhos de escravos, que
são considerados livres.
2. Lei dos Sexagenários ou Saraiva Cotegipe: Liberta
os escravos acima de 60 anos (detalhe, poucos escravos chegavam a esta idade).
3. Lei Áurea: Foi à lei assinada pela Princesa
Isabel, que acabou com a escravidão no Brasil.
Visconde do Rio
Branco: Foi o chefe do conselho de ministros, que conseguiu fazer o
Ministério da Conciliação, entre Liberais e Conservadores.
A Imigração
Este é um processo que acontece no Brasil desde o Primeiro
Reinado. Mas durante o Segundo Reinado o negócio toma fôlego, pois o Brasil
tinha interesse em "branquear" a população, ou seja, aumentar o
numero de brancos em relação aos escravos e também, tem o que faz o governo e
alguns particulares incentivarem a imigração, principalmente de europeus!
A questão chinesa
A questão chinesa refere-se à vinda ou não de imigrantes
chineses para o Brasil na segunda metade do século XIX. Havia os que defendiam
a vinda destes, porém outros afirmavam que eles poderiam inferiorizar a nossa
raça, por considerá-los inferiores. Portanto, não defendiam a vinda destes.
A imigração européia
Os imigrantes vieram para o Brasil devido a guerras que
ocorriam em seus países, desemprego, miséria e viam a oportunidade de fazer a
vida na América. No entanto, eram submetidos a trabalhos forçados, recebendo
tratamento semelhante aos escravos africanos. Endividavam-se com os patrões e
não podiam retornar para sua pátria.
O senador Vergueiro, proprietário rural na região de
Limeira, trouxe os primeiros imigrantes europeus para sua fazenda Ibicaba. O
senador financiou a viagem dos colonos e emprestou-lhes dinheiro para a
manutenção primeiro ano. Isso não deu certo, pois os colonos se endividaram.
Trabalhavam como escravos para ele.
Thomaz Davatz:
Era um colono alemão. Ele escreveu o livro chamado “Memórias de um colono no Brasil”. O assunto era a escravidão.
Afirmava que restava apenas "um passo" para que houvesse castigos
corporais contra os imigrantes no Brasil. Isso refletiu na Europa, causando uma
imagem negativa do Brasil.
O papel do Governo
Para suprir as necessidades dos fazendeiros, que careciam de
mão de obra devido à decadência da escravidão, o governo da província de SP
passou a subvencionar a vinda de imigrantes.
Muito bom, adorei!
ResponderExcluirMuito interessante!
ResponderExcluirgostei
ResponderExcluirmuito bom o site!!
ResponderExcluirsó acho que
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiradorei o resumo ajudou muito!!
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