Brasil - Segundo Reinado

O Segundo Reinado é o período governado por Dom Pedro II entre 1840 a 1889.

A Consolidação do Estado

a) Ministério de Irmãos: Quando D. Pedro assumiu o trono com apenas 14 anos, através do golpe da maioridade, ele reorganizou seu ministério. Esse ministério era formado pelos irmãos Cavalcanti e irmãos Andrada.

b) Eleições do Cacete é como ficaram conhecidas as eleições realizadas no Brasil em 1840. D. Pedro II, que já era imperador mesmo tendo apenas 14 anos de idade, escolheu políticos liberais para compor seu primeiro ministério e convocou novas eleições para escolher os membros da Câmara.

c) A Pacificação do Maranhão: A primeira preocupação do novo regime foi justamente reprimir as rebeliões. Algumas delas tinham tido início no Período Regencial, como a Balaiada e a Guerra dos Farrapos, e ainda não haviam terminado. Outras rebeliões ocorreram já na vigência do II Reinado, como as de São Paulo e Minas Gerais, ambas de caráter liberal, e a Praieira em Pernambuco. Nesta última, ocorrida em 1848, floresceu mais uma vez o caráter liberal radical dos pernambucanos, já demonstrado em rebeliões desde o Período Colonial, acrescentado agora de uma “novidade”, a idéia, ainda que utópica e difusa, do socialismo. O governo foi duro com todos esses movimentos, procurando acordos com os setores de elite envolvidos nessas rebeliões, reprimindo violentamente, os setores populares. A tanta repressão, o discurso oficial dá o nome de “Pacificação”, estendendo-se de 1840 a 48. Daí pra diante não se verá mais rebeliões até o final do Império.

d) A revolta liberal de 1842: Foi uma disputa entre Liberais e conservadores, por conta de disputas políticas. Os liberais tentaram afastar os conservadores do poder, mas acabaram entrando em conflito armado. O fator principal foi basicamente disputa pelo poder entre Liberais e Conservadores.

e) A pacificação do RS e SC: O governo brasileiro consegue trazer pro seu lado algum dos lideres depois que o movimento perde força, principalmente após a maioridade de D. Pedro II.

Política Interna

Eles eram reunidos em: Liberais e Conservadores. Eles se alternavam no poder durante o Segundo Reinado. Eram da Elite, portanto farinha do mesmo saco, ou seja, por terem a mesma origem social e econômica a Elite. Em 1824, foi criado o Poder Moderador. Esse poder era exclusivo do Imperador. O mais forte e a chave política do Império.

Ministério da Conciliação: Ministério da Conciliação, em 1853, composto tanto por liberais quanto por conservadores. A conciliação caracterizou-se pela alternância pacífica entre liberais e conservadores, que adotavam a mesma política, tanto no governo quanto na oposição.

Carneiro Leão: Honório Hermeto Carneiro Leão, primeiro e único visconde com grandeza, conde e marquês de Paraná, foram um estadista, diplomata, magistrado e político brasileiro.

A Revolução Praieira – 1848

A Última das revoltas provinciais está ligada às lutas político-partidárias que marcaram o Período Regencial e o início do Segundo Reinado. Sua derrota representou uma demonstração de força do governo de D. Pedro II.

Partido da Praia: Partido da Praia, formado por políticos que não pertenciam ao domínio dos Cavalcanti. Suas idéias eram transmitidas por meio do jornal Diário Novo, que ficava na Rua da Praia. Por isso, os rebeldes ficaram conhecidos por "praieiros". O movimento foi influenciado pelas idéias do socialismo utópico. Os praieiros divulgaram o manifesto ao mundo, ou seja, eram as propostas do movimento.

Pedro Ivo: Foi o líder da Revolução Praieira.

O café e suas transformações

Kaffa foi à região onde o café surgiu na Etiópia.

1. Como o ciclo foi feito no Brasil independente, o dinheiro do lucro do café ficava aqui. Como o dinheiro ficava aqui, isso gerou um mercado consumidor aqui. Agora os cafeicultores, e uma elite brasileira, começam a se desenvolver, a enriquecer, a comprar produtos de luxo.

Parecem indústrias no Brasil, as cidades começam a crescer, São Paulo começa a se urbanizar, a vida urbana se torna mais luxuosa, surge iluminação pública, rede de esgoto, e Brasil enriquece e se torna mais luxuoso, especialmente SP (os vestibulares adoram cobrar a urbanização de SP).

2. A mão de obra escrava estava se tornando onerosa, ou seja, dava prejuízo. O escravo estava caro demais, e era incompatível com a lavoura cafeeira. Por isso começaram a trazer imigrantes para cá, para substituir o escravo negro. Então, no dia a dia das pessoas, houve um embranquecimento do Brasil, os escravos começaram a ser libertos, e um contingente de trabalhadores livres, brancos, assalariados começou a trabalhar nas lavouras cafeeiras. Estas seriam as principais mudanças no cotidiano da população brasileira durante o ciclo do café.

Ciclo do Café:

O Ciclo do Café foi o terceiro ciclo econômico do Brasil (os primeiros foram da cana e do ouro) e acontece durante o segundo Reinado. O terceiro ciclo foi diferente, por que como o Brasil era um país independente agora, o lucro do Ciclo ficou aqui no Brasil, gerando um aumento do mercado consumidor, do desenvolvimento e da industrialização. A princípio, o ciclo acontece no Vale do Paraíba, mas, como os cafeicultores desta região plantaram o café como se plantava cana (sistema de plantation, sem tecnologia e com mão de obra escrava) logo a lavoura cafeeira entrou em decadência nesta região. Então, a região principal de produção de café passou a ser o interior paulista, na região de Ribeirão Preto (terra natal do nosso querido Sistema de Ensino, o COC), por que lá tinha a terra roxa - que não era roxa era vermelho, mas é muito fértil. Neste território que o café foi plantado utilizando mão de obra imigrante, tecnologia, foi investida em infraestrutura, com ferrovias e portos para escoar a produção, o que tornou esta região extremamente rica. Existem 3 consequências da produção do café:

1. Industrialização - aí tem o Barão de Mauá, e a Questão Christie como conseqüência.

2. Abolição da Escravidão - o escravo era muito ruim para uma plantação sensível como a do café.

3. Imigração - trouxeram imigrantes para substituir o escravo que estava caro demais.

O fim do tráfico negreiro

Bill Aberdeen foi uma lei inglesa proibindo o tráfico de escravos da África para o Brasil.

Lei Eusébio de Queirós (1850): Foi uma lei que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. Foi em 1850, cinco anos após o Bill Aberdeen.

Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza): Foi um mega-empresário brasileiro, que investiu em indústrias, ferrovias, banco, entre outros negócios. Foi favorecido pela Tarifa Alves Branco, mas depois faliu, com a sua suspensão. A Tarifa Alves Branco estabelecia taxas de 30 % para produtos importados não similares e 60% para produtos similares.

O monopólio da terra

Lei de Terras: A Lei de Terras, de 1850 estabelecia que as terras devolutas (do Estado) poderiam ser apenas leiloadas ou vendidas, para impedir que imigrantes e ex-escravos adquirissem.

Política Externa

Questão Christie – 1861 - 1865

O que foi? Foi uma quebra de relações diplomáticas entre a Inglaterra e o Brasil, devido ao sumiço da carga do navio Príncipe de Gales e a prisão de três britânicos no RJ.

Episódios

a) O Sumiço da Carga: Um navio inglês naufragou próximo ao litoral brasileiro e a sua carga sumiu. Atribuíram a culpa ao Brasil.

b) A prisão: Três britânicos estavam embriagados no RJ causando uma arruaça, e por isso foram presos. O ministro Christie exigiu a libertação dos britânicos e o pagamento de uma indenização à Inglaterra pelo primeiro episódio.

O rompimento: O rei belga, escolhido para julgar a Questão, posicionou-se favorável ao Brasil.

Rei Leopoldo I: Foi o rei da Bélgica.

As campanha do Prata

a) Antecedentes:

à Tratado de Madri: Foi um tratado de limites e anulou o Tratado de Tordesilhas.

à Tratado de Badajós: Estabeleceu a posse portuguesa no extremo sul, definindo os limites do RS com o antigo Vice-Reinado do Prata.

à Tratado de Tordesilhas: Garantiu a Portugal uma parte do território americano antes mesmo de sua descoberta.

Partidos:
a) “Blancos”: Compostos por fazendeiros, eram favoráveis à política argentina.

b) “Colorados”: Representantes dos comerciantes de Montevidéu, defendiam o alinhamento político com o Brasil.

Guerra contra Oribe e Rosas (1851 – 52):

Manuel Oribe (Oribe) - (blanco) do Uruguai. Juan Manuel José Domingo Ortiz de Rozas y López de Osornio (Rosas) - governante da Argentina contra o Brasil.

General Urquiza: Presidente da Argentina na década de 1850.

Como foi essa guerra? O Brasil invadiu o Uruguai por duas vezes para tirar os blancos do poder e colocar um colorado, que era favorável a ele. Na Argentina ocorreu a mesma coisa, para tirar o Rosas, que estava contra o Brasil.

José Fructuoso Rivera: Ele foi o líder dos Colorados e primeiro presidente constitucional do Uruguai .

Guerra Contra Aguirre (1864 – 1865)

O Brasil invadiu o Uruguai, para derrotar Aguirre, que era dos blancos e colocar um colorado no poder.

Aguirre: Foi presidente do Uruguai, líder dos Blancos.

Venâncio Flores: Era o adversário de Aguirre à presidência e líder dos Colorados.

Solano López: Era presidente do Paraguai.

Tamandaré: Era um dos Generais Brasileiros que atuaram na intervenção do Brasil no Uruguai.