quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Imperialismo no século XIX


Imperialismo é a política de dominação que existe no século XIX. Países europeus controlam, conquistam a África e a Ásia, e aqui, os EUA conquistam/dominam/influenciam a América.
Existiram duas Revoluções Industriais no Imperialismo. Foram:
a) Primeira Revolução Industrial: A primeira fase da Revolução Industrial acontece em 1750, e acontece só na Inglaterra, a principal invenção é o motor a vapor e o produto é o tecido, a indústria têxtil.
 
b) Segunda Revolução Industrial: A segunda fase da revolução industrial é quando ela se espalha pro resto da Europa, EUA e Japão durante o século XIX. Surgem o motor a gasolina (petróleo) e a eletricidade e o principal produto é o aço. Durante a segunda fase da Rev. Industrial surgem os grandes conglomerados industriais, os trustes, holdings e cartéis; e são estes que motivam o imperialismo.
 
Empresa monopolista: São as grandes empresas que surgem no século XIX, e elas controlam a maior parte de um mercado, e por causa disso, tem força suficiente para exigir dos governos que eles conquistem novos territórios, para servir de mercado consumidor ou fornecedores de matéria prima. Foram divididas em três:


  • Cartéis: São quando empresas diferentes se associam para controlar um mercado, fazem um acordo para fixar preços.
  • Trustes: São quando duas empresas se fundem e controlam a maior parte do mercado (tipo AmBev).
  • Holding: É quando uma empresa controla outras empresas por ações, tipo o Walmart, que é dono de vários outros mercados, mas não muda o nome deles.
 
Em busca de seu objetivo, as grandes potências industriais lançaram-se sobre outros continentes. Estes países queriam conquistar novas regiões (EUA e os países Europeus). São influenciadas por alguns fatores:
1) Excedente demográfico: Eles queriam fazer isso, porque tinham gente demais e precisavam de novos territórios.
2) Excedente de capital: Tinham dinheiro e precisavam investir em novos territórios para ficar mais ricos.
3) Bases militares: Precisavam conquistar novos territórios para ali instalar bases militares para manter a ordem em seus territórios.
Darwinismo social: Justificar o imperialismo, assim como a catequização serviu de justificativa para o colonialismo (conquistar para catequizar). O darwinismo serviu de justificativa (agora era conquistar para civiliza)r, já que os europeus se julgavam superiores e mais civilizados.
 

Rudyard Kipling: Foi um poeta sul-africano (mas com cidadania inglesa). Ele escreveu o poema “O fardo do homem branco”. Este poema quer dizer o seguinte: o fardo do homem branco é mandar os seus melhores homens para conquistar os bárbaros selvagens para levar civilização para eles.
 

A partilha da África
Entre 1880 e 1914, as grandes potências dividiram entre si territórios que representavam algum benefício, que estavam em sua maioria no continente africano e asiático. DIVISÃO: Primeiramente a Inglaterra e a França, depois a Alemanha, a Bélgica e a Itália. A fase correspondente a esse período é chamado de Imperialismo ou Neocolonialismo, caracterizando a expansão daqueles países e marcando um novo momento do capitalismo.
A partilha da África é a divisão da áfrica pelos países europeus, e o ponto máximo desta partilha aconteceu na Conferência de Berlim, em 1895. Os países que mais tinham colônias - Inglaterra e França e os países que tinham menos colônias por causa da unificação tardia - Alemanha e Itália. Foi à divisão de territórios da África (pelos países industrializados da época) durante o imperialismo europeu do século XIX e XX, em busca de territórios, mercado, matéria prima.
b) A África francesa: A França foi o primeiro país a possuir domínios naquele continente. A partir de 1830, ela dominou a África Ocidental, a Argélia, a Tunísia, o Marrocos, o Madagascar e a Somália.

c) A África inglesa: A Inglaterra realizou o domínio vertical, controlando o continente desde o mar Mediterrâneo até o cabo da Boa Esperança. Os ingleses estabeleceram-se no Egito, na Costa do Ouro, na Nigéria, na Rodésia, em Serra Leoa, na África Oriental e na África do Sul.

d) A África ítalo-germânica: Nem todos os países participantes saíram satisfeitos com as resoluções.  Entre os insatisfeitos, estavam a Itália e a própria Alemanha, que haviam entrado na disputa imperialista tardiamente, em consequência das guerras inter nas de unificação política, encerradas em 1870.
A Itália ficou com a Líbia, a Somália italiana e a Eritreia.
A Alemanha ocupou Camarões, a África Oriental e o sudoeste africano.
e) A África até 1914: Dividida entre as principais potências européias: Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Itália.

 f) A África do Sul: Nos finais do século XIX, a África do Sul estava dividida nas repúblicas bôeres e nas colônias britânicas do Cabo e do Natal. Com a descoberta de minas de diamante na região, o Reino Unido decidiu dominar e explorar esse território, o que deu início às Guerras dos Bôeres. O Reino Unido ganhou a guerra e consequentemente o domínio efetivo do território, sob promessa de autonomia.
A Guerra dos Bôeres
Foi dois confrontos armados na atual África do Sul que opuseram os colonos de origem holandesa e francesa, os chamados bôeres, ao exército britânico, que pretendia se apoderar das minas de diamante e ouro recentemente encontradas naquele território. Em consequência das guerras, os bôeres ficaram sob o domínio britânico, com a promessa de autogoverno. A Primeira Guerra dos Bôeres foi travada entre 1880 e 1881 e garantiu a independência da república bôer do Transvaal com relação à Grã-Bretanha. Tal atitude foi tomada como inaceitável pelos britânicos, dando início à Segunda Guerra dos Bôeres, travada entre 1899 e 1902, levando à criação da União Sul-Africana através da anexação das repúblicas bôeres do Transvaal e do Estado Livre de Orange às colônias britânicas do Cabo e de Natal.
Apartheid

a) Introdução

A política de segregação (divisão) dentro da própria África, entre negros e brancos. Nelson Mandela foi um dos responsáveis pelo fim do Apartheid. Na África do Sul houve um regime chamado Apartheid, adotado em 1948 em que os brancos tinham o poder e os negros eram obrigados a viver separadamente, de acordo com as regras que não os permitiam de serem considerados verdadeiros cidadãos. Ele foi abolido em 1990 por Frederik de Klerk e em 1994 as eleições livres se iniciaram.
A segregação racial surgiu a partir do poder de uma camada social sobre a outra, essa é uma atitude de divisão, separação de povos para impedir que os negros tenham poder sobre os brancos e suas propriedades.
Um dos presidentes sul-africanos foi Nelson Mandela,
Ato das Terras Nativas: "O Ato de Terras Nativas" forçou o negro a viver em reservas especiais, criando uma gritante desigualdade na divisão de terras do país, já que esse grupo formado por 23 milhões de pessoas ocuparia 13% do território, enquanto os outros 87% das terras seriam ocupados pelos 4,5 milhões de brancos. A lei proibia que negros comprassem terras fora da área delimitada, impossibilitando-a de ascender economicamente ao mesmo tempo em que garantia mão de obra barata para os latifundiários brancos.
Nas cidades eram permitidos negros que executassem trabalhos essenciais, mas que viviam em áreas isoladas (guetos).
Em 1948, o Partido Nacionalista, formado por bôeres e africânderes, venceu as eleições e legalizou a prática do racismo e da superioridade ariana.
b) Reação

A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal e seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. O CNA entende-se como partido político e organização nacionalista negra da África do Sul que se empenhou na luta para a eliminação do apartheid. O ANC (African National Congress) esteve ilegalizado entre 1960 e 1990, período em que operou na clandestinidade, em defesa da igualdade racial e dos direitos dos negros. Terminado o regime de segregação, o líder histórico do ANC, Nelson Mandela, tornou-se em 1994 o presidente do país.
Em 1990, Mandela foi libertado e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, em 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid. Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país.
(Presidente Nelson Mandela)
(Arcebispo Desmond Tutu) 
(Presidente Frederik de Klerk)

Oliver Reginald Tambo: (Mbizana, 27 de Outubro de 1917 — 24 de Abril de 1993) foi um político antiapartheid sul-africano e uma figura central no Congresso Nacional Africano (ANC).
 

O Massacre de Soweto está envolvido na questão do apartheid na África do Sul.... É um massacre de jovens que protestavam contra o Governo. Protestavam contra a inferioridade das chamadas escolas negras. 4 estudantes foram mortos pela polícia do Governo.
 

c) O fim
Pressionado pela luta interna e pela opinião pública internacional, o apartheid chega ao fim sob a liderança de Mandela.

O Egito
Ferdinand Lesseps: Idealizador do Canal de Suez.
 

Canal de Suez: Criado no Egito, ele liga o Atlântico ao Pacífico, diminuindo distâncias e aumentando seus lucros. Ele liga do Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo.
 

Gamal Abdal Nasser: Líder do Egito. Lutou contra o Imperalismo.
 
Nacionalização do Canal de Suez: Panamá passou a explorar o Canal. O Canal possui una posição privilegiada, para atender o mercado!
Partilha da Ásia
A partilha da Ásia aconteceu no final do século XIX, em que autoridades representantes da Europa, que passava por um problema estrutural de desemprego devido à substituição das máquinas por pessoas.
Baseada nesta crise, os países europeus decidem estruturar o neocolonialismo, de forma a colonizar politicamente a África e a Ásia e economicamente a América Latina. Assim, os estados europeus ao decidirem colonizar África e Ásia decidem partilhá-las entre seus representantes (França, Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha, Portugal, entre outros países europeus).







A China

Assim como estudamos numa aula anterior, nos séculos XV e XVI, os governantes Ming isolaram a China do resto do mundo. Em 1644, os Manchus - um povo nômade do norte do país - depuseram os governantes Ming e estabeleceram a Dinastia Ching. Os manchus tentaram manter a China isolada, mas o poder e interesse alheios em relação a seu país tornaram essa tarefa impossível. Os chineses se consideravam o “Império do Centro”, acreditando-se superiores aos demais povos.

a) A Guerra do Ópio
Ópio é uma droga, um entorpecente extraído da papoula. Os chineses importavam o ópio da Inglaterra. O governante chinês, vendo o mal que estava causando à população, proibiu essas importações e destruiu um carregamento de ópio. A Inglaterra, que seria prejudicada economicamente declarou guerra à China e a derrotou na chamada Guerra do Ópio.
 

Tratado de Nanquim: Foi um tratado imposto à China pela Inglaterra após a Guerra do Ópio, em que além de arcarem com uma pesada indenização, foram obrigados a ceder a ilha de Hong Kong à Inglaterra.

b) Guerra dos Boxers (1900):

Depois da Guerra do Ópio, ocorreu uma nova guerra entre a China e países estrangeiros conhecida como Guerra dos Boxers. Os Boxers eram membros da Sociedade dos Punhos Fechados, representantes dos chineses nacionalistas fanáticos que se opunham à dominação estrangeira. E meio a uma rebelião em 1900, morreu um embaixador alemão, ocasionando o conflito. A reação internacional foi imediata, derrotando a China neste conflito.
 

A China foi subjugada e, a partir daí, tornou-se o “quintal do mundo”, ou seja, porque passou a receber influências de diversos países do mundo, como os EUA.
A Índia
Desde os tempos medievais, a Índia era um território cobiçado pelos europeus devido às suas especiarias.
A invasão européia teve início em 1498, quando  o  navegante  português,  Vasco  da Gama, chegou a Calicute na primeira viagem marítima  entre  Europa  e  Índia,  pelo  oceano Atlântico.
a) Guerra do Cipaios (ou Sipaios) – 1857
Os cipaios eram soldados das tropas nativas na Índia. A Guerra dos Cipaios ocorreu na Índia, após o uso de cartuchos revestidos de graxa animal, considerada impura pelas crenças religiosas. A violenta repressão britânica submeteu a Índia a seu completo domínio, a partir de 1859.
 

Indochina
Foi um território ocupado pela França. Desmembrou-se em Vietnã, Laos e Camboja. O objetivo da Indochina é lutar por sua independência em relação à França.
 

O Imperialismo japonês
No início da Modernidade os japoneses receberam os primeiros ocidentais nas figuras de jesuítas portugueses e espanhóis, que desejavam expandir a fé católica. O Japão os expulsou e fechou as portas para o ocidente até o século XIX. Em 1853, uma esquadra norte-americana, sob o comando do comodoro Perry, chegou ao Japão e o derrotou, obrigando-o a abrir os portos ao comércio estrangeiro. Posteriormente o Japão declarou guerra à China, anexando a Manchúria. Derrotou o Japão em 1905 e em seguida anexou a Coréia. Ao final da Segunda Guerra, foi derrotado pelos EUA.
O Imperialismo norte-americano
O imperialismo norte-americano tem como base a Doutrina Monroe (A América para os americanos) e o Destino Manifesto (consideram-se eleitos por Deus para levar a civilização a outros povos).
A Guerra do México
Em 1848, os EUA tomaram o território anexado do México, mediante guerras e impulseram o Rio Grande como limite fronteiriço entre os países. 

A Guerra da Secessão, 1861-1865: A Guerra de Secessão foi uma guerra civil nos EUA, não há uma relação direta com o Imperialismo. Após a Guerra de Secessão, os EUA consolidaram o capitalismo, acelerando o desenvolvimento industrial, e passando a disputar mercados com outros países.
A América para os Americanos
A interferência de Cuba após apoiarem a sua independência em relação à Espanha, o controle perpétuo do Canal do Panamá (que se localiza no Panamá), após apoiarem a independência deste país em relação à Colômbia. Na Nicarágua ocupando militarmente a região em apoio às oligarquias agrárias, na diplomacia do dólar, caracterizada por grandes investimentos em países latino-americanos e no imperialismo cultural, que impôs ao mundo o “American Way of Life”.